"It Was All Started By a Mouse!"
Após muitos fracassos, Walt e Roy montaram um novo estúdio próximo ao centro de Los Angeles e, por volta de 1926, Margareth Winkler, que anteriormente atuou como distribuidora de alguns desenhos de Walt Disney, sugeriu que Walt criasse um personagem baseado em um coelho, pois a Universal Studios estava interessada em um personagem central deste tipo.
Então Walt e Ubbe Iwerks (que após quase três anos longe de Walt, atendeu seu chamado para juntar-se a ele em Los Angeles), criaram “Oswald, the Lucky Rabbit”, de personalidade forte, aparência jovem e esbelta.
Aprovado pela Universal, pela crítica e pelo público, Oswald se tornou um sucesso.
Durante pouco mais de um ano, devido ao sucesso do coelho, os problemas financeiros dos irmãos pareciam fazer parte do passado. Mas, Walt Disney, sempre querendo aperfeiçoar seus desenhos, elevou os custos de produção das animações, ultrapassando o antigo orçamento. Sendo assim, foi à Nova York com a intenção de solicitar mais pelos filmes ao assinar o novo contrato.
Walt nunca fora um bom negociador. Então, ao assinar o primeiro contrato dos desenhos de Oswald, em 1927, com a Universal e Charles Mintz (marido de Margareth), estava tão eufórico que não lera que nele Walt passaria os direitos autorais de Oswald aos dois.
Neste novo contrato, Walt deveria se associar a eles, mas agora, como empregado, pois a Universal já detinha todos os direitos do personagem e seus animadores, contratando-os secretamente pelo dobro do salário.
A Universal já de posse do personagem e dos funcionários da Walt Disney Studios, achava que Walt não era mais necessário e com isso estavam colocando-o em segundo plano.
Walt ficou arrasado. Sem equipe, sem personagem e sem dinheiro (pois este vinha de Oswald), tomou o trem de volta para Los Angeles, prometendo para si mesmo nunca mais trabalhar para ninguém.
Existem duas versões para o que aconteceu depois.
Uma delas era que, ao regressar a Los Angeles, Walt, Roy e Ub (como passou a ser chamado) se reuniam no estúdio e na casa de Walt Disney secretamente tentando encontrar um novo personagem que trouxesse a eles novamente ânimo e dinheiro.
Essas reuniões deveriam permanecer em sigilo, pois os desenhistas e animadores que foram contratados pela Universal ainda trabalhavam nos últimos desenhos de Oswald, e os três temiam que fossem novamente roubados.
Pensaram então, em um rato, pois este animal foi figurante constante nas animações de Alice in Wonderland (primeira série de comédia de animação de Walt Disney), que misturava uma personagem real aos desenhos animados, e que também foram distribuídos por Charles Mintz.
Ubbe Iwerks |
Mas precisavam criar este personagem, de maneira que fosse mais fácil de fazer as animações e que rapidamente caísse no gosto do público, pois estariam começando do zero novamente e não tinham tempo nem dinheiro a perder.
Foi assim que surgiram as famosas orelhas e as formas arredondadas, pois assim tornavam a animação mais simples e eficiente.
O nome, nesta versão, também surgiu de várias tentativas com nomes de amigos, até Walt escolher e batizá-lo de Mickey Mouse.
A outra versão conta que, ainda no trem, revoltado, Walt lembrou-se dos tempos difíceis e solitários em Kansas City, onde seu único companheiro era o ratinho que ele às vezes alimentava.
A partir dessas lembranças, começou a rabiscar a figura de um rato, que primeiramente chamou de Mortimer.
Primeiro desenho de Mickey Mouse |
Seu novo personagem tinha forma humana, mas orelhas, cauda e nariz de camundongo. Por sugestão de sua esposa, que não havia gostado do nome que Walt escolhera, sugeriu chama-lo de Mickey.
Novamente a esperança e o entusiasmo tomaram conta de Walt e, quando desceu do trem em Los Angeles, contagiou Roy.
Cena de Crazy Plane finalizado em maio de 1928 |
Roy voltou a buscar novos investidores enquanto Walt e Ub aperfeiçoavam o novo personagem, atribuindo a ele uma personalidade mais ingênua, honesta, galanteadora, porém travesso, assim como Walt Disney.
Anos depois, Walt disse que a personalidade de Mickey Mouse foi inspirada, não nele, mas em Carlitos, que apesar do cinema ser ainda mudo fazia-se entender através da emoção.
Eu, particularmente, gosto mais desta última versão. Verdade ou não, ela é a que melhor retrata o lado sonhador de Walt Disney e mais se aproxima de toda a magia criada por ele.
Melissa Prandato
Falem o que quiser do Walt, meu herói é o Roy. É igual ele que eu queria ser!
ResponderExcluirOlá Mon!!!
ResponderExcluirRealmente Roy foi um héroi, foi por causa dele que todos os sonhos de Walt Disney foram possíveis!!
Abç
Melissa